Diante da acentuada queda na arrecadação de royalties do petróleo, o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PL), defendeu o uso de até 18% do Fundo Soberano do município para evitar cortes em serviços essenciais. O fundo, criado para garantir estabilidade econômica em períodos de crise, soma hoje quase R$ 1 bilhão. A proposta será debatida com a população em audiência pública marcada para o dia 26 de junho, no auditório do Paço Municipal.
Em entrevista a rádios locais, Colucci alertou para os efeitos da queda de receita e afirmou que a medida é necessária para proteger programas estratégicos da administração. “Essa reserva foi criada para momentos como este. É hora de proteger a cidade e garantir a continuidade de obras, programas e serviços essenciais, como o término das novas escolas, a ampliação do Hospital Mário Covas, o subsídio à tarifa do transporte público e os auxílios a estudantes e atletas”, afirmou.
Segundo a Prefeitura, a estimativa inicial de arrecadação para 2025 era de R$ 1,096 bilhão, sendo R$ 456,4 milhões oriundos dos royalties do petróleo – cerca de 41,6% do orçamento total. Com os repasses em queda, a perda já chega a quase R$ 300 milhões. Desde o início do ano, a gestão já havia determinado um corte de 30% nas despesas por meio do Decreto nº 11.253/2025, que segue em vigor.
Colucci destacou que cerca de 70% dos recursos atualmente aplicados no Fundo Soberano foram acumulados durante seu mandato. Ilhabela é, segundo ele, a única cidade do Estado de São Paulo com uma poupança estruturada dos royalties. “Estamos fazendo o que poucos fazem: planejamos o futuro e estamos preparados para tempos difíceis”, reforçou.
A audiência pública será aberta à população e deve discutir os impactos fiscais da queda de arrecadação e as possibilidades de uso responsável da reserva financeira.
Fonte:Redação