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Região / Meio Ambiente
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Estudo da Unesp identifica metais tóxicos em aves marinhas no Litoral Norte

Um estudo conduzido pelo Centro de Estudos Ambientais (CEA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, identificou a presença de metais potencialmente tóxicos, como cádmio e arsênio, em aves marinhas encontradas no canal entre Ilhabela e São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo.

A pesquisa foi publicada na revista científica internacional Environmental Pollution, em fevereiro deste ano, e divulgada oficialmente pela Unesp no fim de maio. Os dados reforçam a importância de ações contínuas de monitoramento ambiental, especialmente em áreas costeiras com alta diversidade de espécies.

Aves como bioindicadores

Foram analisadas 51 aves marinhas, de 9 espécies distintas, entre residentes e migratórias, a partir de carcaças encontradas na região. As amostras revelaram a presença de metais no fígado dos animais, com destaque para cobre e zinco — de baixa toxicidade —, além de cádmio e arsênio, substâncias com alto potencial tóxico.

“Mesmo em baixas concentrações, esses elementos podem causar danos às aves. Por isso, o monitoramento é essencial, assim como o entendimento dos processos que levam ao acúmulo dessas substâncias nos organismos marinhos”, destacou o professor Amauri Antônio Menegário, pesquisador responsável pelo estudo.

Impactos e relevância ecológica

O Litoral Norte paulista abriga cerca de 70 espécies de aves marinhas, e é considerado uma das áreas mais relevantes do estado para conservação e pesquisa ambiental. Os resultados obtidos pelos cientistas da Unesp acendem um alerta sobre os efeitos da poluição química nos ecossistemas costeiros.

Além de contribuir para a ciência, o levantamento pode subsidiar políticas públicas de preservação, ações educativas e estratégias de combate à poluição marinha, especialmente relacionadas ao descarte de resíduos e à contaminação por metais pesados.

Fonte:Redação

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