
22/10/2025 - 11h05
Sob administração da Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), o porto do Litoral Norte paulista vive um momento de expansão e retomada. A estatal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), conduz uma série de projetos para modernizar o terminal, atrair investimentos privados e recuperar cargas que historicamente circularam pela região.
Na terça-feira (21), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, esteve no local para acompanhar os preparativos para o arrendamento do terminal SSB01, conduzido em parceria entre o governo federal e o Estado de São Paulo. O processo está previsto para março de 2026 e deve ampliar em 187% a capacidade de movimentação do porto, consolidando São Sebastião como um dos polos logísticos mais estratégicos do Sudeste.
Segundo o governo federal, o projeto prevê R$ 2,5 bilhões em investimentos privados e a geração de 5 mil empregos durante as obras, além de 1,3 mil postos permanentes após a conclusão. A nova área operacional ocupará 426 mil metros quadrados, com um píer de dois berços de atracação e estrutura apta para receber navios de grande porte.
Com as obras, o porto poderá movimentar até 4,3 milhões de toneladas por ano, quatro vezes o volume atual, e alcançar a marca de 1,3 milhão de contêineres anuais. A modelagem do arrendamento ainda está em estudo, com a possibilidade de manter um dos berços públicos.
O presidente da CDSS, Ernesto Sampaio, destaca que o desafio é crescer com equilíbrio.
“Nosso objetivo é recuperar o protagonismo do porto e garantir que o crescimento ocorra de forma sustentável e integrada ao território”, afirmou.
Com um dos canais naturais mais profundos do país, o Porto de São Sebastião não depende de dragagens constantes, o que reduz custos operacionais e amplia sua atratividade. Até setembro, o terminal movimentou 1,12 milhão de toneladas, com destaque para barrilha, malte, trigo, açúcar e equipamentos industriais.
Durante a visita, o ministro Silvio Costa Filho elogiou a condução da CDSS.
“A gestão da companhia tem sido fundamental para recolocar São Sebastião no mapa portuário nacional. O projeto de arrendamento vai garantir nova escala de operação e atrair grandes investidores”, disse.
A expectativa é que o TCU (Tribunal de Contas da União) aprove o processo de licitação ainda neste ano.
Fonte:Redação