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São Sebastião / Economia Local
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Porto de São Sebastião prevê início de dragagem em junho e mira retomada da capacidade plena de operação

Obra deve remover mais de 34 mil m³ de sedimentos e será a primeira desde 2022; intervenção depende de autorização do Ibama

A Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) prevê para junho o início da dragagem de manutenção do berço 101 do Porto de São Sebastião, principal ponto de atracação do terminal. A obra, considerada estratégica para a logística do Litoral Norte e do estado de São Paulo, tem como objetivo remover 34.588,37 metros cúbicos de sedimentos acumulados no fundo da bacia de manobra e restabelecer a profundidade mínima de dez metros, ampliando a segurança das operações portuárias.

O projeto já conta com empresa contratada para a execução da dragagem e outra responsável pelo monitoramento ambiental. A intervenção aguarda a autorização final do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Todos os documentos exigidos foram encaminhados ao órgão federal, segundo a CDSS.

— Esta dragagem é estratégica não apenas para a operação segura do porto, mas também para manter a competitividade e a eficiência logística de São Paulo. É uma obra com impacto direto no desenvolvimento regional — afirmou Ernesto Sampaio, diretor-presidente do Porto de São Sebastião.

O Porto, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), possui um dos maiores calados do país, com até 25 metros no canal de acesso. No entanto, por estar próximo à linha costeira, sofre com o assoreamento natural provocado por chuvas, correntes e ventos. A última dragagem foi realizada em 2022. Estudos recentes indicam um assoreamento médio de 26 mil metros cúbicos por ano.

A previsão é que a dragagem tenha duração total de cinco meses, sendo 45 dias destinados à remoção dos sedimentos. O trabalho será executado com o uso de duas embarcações: uma draga hopper, responsável pela sucção e transporte do material, e uma draga de sucção e recalque com sistema desagregador.

Monitoramento ambiental e prevenção de impactos

Segundo a Companhia Docas, todos os procedimentos seguirão os critérios da Resolução Conama nº 454/2012. Estão previstos monitoramentos ambientais antes, durante e após a intervenção, com foco na prevenção de impactos ao ecossistema marinho.

Um dos pontos sensíveis é a Baía do Araçá, área de manguezal localizada próxima ao porto, que será monitorada continuamente. Em caso de risco de dispersão de sedimentos, as atividades serão suspensas. O plano ambiental inclui ainda estudo de perfil praial e análise da circulação costeira.

Crescimento nas operações

O anúncio da dragagem ocorre em um momento de expansão do Porto de São Sebastião. Em 2024, o terminal registrou uma movimentação recorde de 1,5 milhão de toneladas — um aumento de 48% em relação ao ano anterior. Os principais produtos embarcados incluem açúcar, malte, cevada, barrilha, coque e silicato de vidro.

Fonte:Redação

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