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Ubatuba / Saúde
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Ubatuba confirma primeiro caso de febre Oropouche; região já tem seis registros em 2024

Doença viral é transmitida pelo mosquito maruim; sintomas se assemelham aos da dengue e chikungunya

A Prefeitura de Ubatuba confirmou, nesta quarta-feira (14), o primeiro caso de febre Oropouche no município. O paciente é morador da região norte da cidade, em uma área próxima a mata nativa, onde há alta incidência do mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora — principal vetor da doença. O estado de saúde do paciente não foi divulgado.

Segundo o Ministério da Saúde, o Vale do Paraíba e a região bragantina já somam seis casos da infecção neste ano.

Sintomas e evolução

A febre Oropouche é uma arbovirose causada por vírus e, até pouco tempo, era registrada apenas na Região Norte do Brasil. Nos últimos anos, no entanto, houve expansão para outras regiões, incluindo o estado de São Paulo.

Os sintomas mais comuns são febre alta, dor de cabeça, náuseas, tontura, dores musculares, vômitos, diarreia e fotofobia (sensibilidade à luz). Eles costumam durar poucos dias, mas em alguns casos podem retornar após um intervalo de uma a duas semanas.

— Como os sintomas se confundem com outras doenças transmitidas por mosquitos, é essencial que qualquer pessoa com suspeita procure imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima — alertou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Ubatuba, Alyne Ambrogi.

Transmissão e ciclos do vírus

De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus Oropouche possui dois ciclos de transmissão:

Ciclo silvestre: envolve animais como macacos e bichos-preguiça, e insetos como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o Culicoides paraensis é considerado o principal transmissor nessa etapa.

Ciclo urbano: ocorre entre humanos, tendo o maruim como principal vetor. O mosquito Culex quinquefasciatus (muriçoca ou pernilongo comum) também pode atuar ocasionalmente como transmissor.

Não há tratamento específico

A febre Oropouche é de notificação compulsória e exige confirmação clínica, epidemiológica e laboratorial. Embora, na maioria dos casos, a evolução seja benigna, há registros raros de complicações como meningite e encefalite.

Como outras arboviroses, não há tratamento específico. O Ministério da Saúde recomenda repouso, hidratação e acompanhamento médico para controle dos sintomas.

Prevenção segue as mesmas orientações contra a dengue.

A principal forma de prevenção é o controle dos vetores e a proteção contra picadas. Entre as medidas indicadas estão:

  1. Uso de roupas que cubram o corpo;
  2. Aplicação de repelentes nas áreas expostas da pele;
  3. Evitar locais com alta presença de mosquitos;
  4. Manutenção de quintais e terrenos limpos, sem acúmulo de água ou material orgânico.

 

Fonte:Redação

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